Freire Alemão

Os apartamentos apresentam uma planta enxuta e eficiente, composta por duas suítes, estar integrado, lavabo e churrasqueira. A planta se desenvolve em torno de uma premissa central: criar espaços que acolham diferentes formas de habitar, garantindo conforto, iluminação natural e relações generosas entre interior e exterior.

A fachada do edifício assume um papel expressivo, mas sem excessos. As sacadas amplas, o uso pontual de madeira, os guarda-corpos metálicos e os frames verticais atuam como elementos que organizam a volumetria e criam ritmo e profundidade à fachada. A materialidade escolhida valoriza o envelhecimento natural dos materiais, reforçando a intenção de uma arquitetura que resiste ao tempo.

O térreo estabelece uma relação generosa com a rua. O recuo frontal, o paisagismo e a transparência dos acessos são dispositivos projetuais que promovem um espaço de transição entre o domínio público e o privado, fortalecendo a experiência do pedestre e contribuindo para a vitalidade urbana.

A escrita do projeto se constrói no cruzamento entre o gesto arquitetônico e a inteligência construtiva. A busca por soluções simples, mas potentes, revela um compromisso com a pertinência: cada decisão técnica, cada material empregado e cada relação espacial proposta tem o objetivo de construir um edifício que não apenas ocupa o lugar, mas o qualifica. Trata-se, portanto, de uma arquitetura que se inscreve na cidade com responsabilidade e intencionalidade, promovendo espaços que ampliam as possibilidades de habitar.